Como os leitores podem conferir na nota “O banzé da indústria do ‘neonazismo’”, em 2009 foi instituída uma Comissão Externa da Câmara dos Deputados "para acompanhar as investigações a respeito da quadrilha de neonazistas desbaratada no estado do Rio Grande do Sul", a famigerada CEXNEONA.

 

Como, apesar de intensas buscas, não conseguisse encontrar qualquer sinal de um relatório dessa comissão – que gastou dinheiro público proveniente dos pesados impostos que tu e eu, meu caro concidadão, pagamos –, dirigi carta ao presidente da Câmara dos Deputados solicitando informações a respeito. Acabo de receber a resposta, datada de 22 de setembro de 2016, e que publico ao final deste texto. Como se vê pela carta do presidente da Câmara, não existe relatório – ou seja, a espalhafatosa caçada por supostas hordas de “neonazistas” entre os “alemãos” do “sul” não teve resultados, e, pior, os senhores deputados não tiveram coragem de confessar que não encontraram nada contra os referidos cidadãos. Diante do fato e diante das dificuldades que o país está enfrentando, seria de todo aconselhável que os responsáveis pela gastança fossem chamados à razão: ou produzem um relatório, a que se dê ampla divulgação, ou devolvem o dinheiro público gasto nesse insensato empreendimento!

Considerando que alguns integrantes do MPF-RS incorreram em algo que se poderia – até prova em contrário – classificar, no mínimo, de pequenas escorregadas, justamente em relação ao tema “neonazismo”, como os leitores podem conferir nas notas “O retorno ao ‘retorno do neonazismo a Teutônia’” e “I-m-p-r-e-s-s-i-o-n-a-n-t-e!”, está aí uma esplêndida oportunidade para o MPF-RS redimir-se, e instaurar uma incisiva e bem fundamentada ação civil pública para encaminhar ao Poder Judiciário um pedido para que os responsáveis por essa lamentável CEXNEONA sejam instados a apresentar relatório, ou a devolver o dinheiro do erário público que gastaram, nessa lamentável aventura.

 

Devolvam a nossa grana! Devolvam a nossa grana! Devolvam a nossa grana! [1/10/2016]

 

Carta do Presidente da Câmara dos Deputados